Diariamente escuto as pessoas falarem do seu medo de sair da “zona de conforto” como se estivessem falando de um lugar psicologicamente espaçoso, arejado e acolhedor. Mas no momento que a descrevem ela mais parece ser uma prisão emocional. Prisão esta que a pessoa a decora de uma forma familiar, reforma, coloca uma música agradável, mas que ainda se trata de um espaço psicológico apertado, incômodo, infeliz e sem horizontes. O que as pessoas chamam de conforto é uma forma de evitar os problemas.O mais curioso é que essa prisão vive de portas abertas. Não há nenhum impedimento para a fuga e mesmo assim as pessoas permanecem lá se queixando de tudo que as cercas. Tudo isso devido a um apego que se tem a esse cárcere. Apego a algo familiar que tem como única vantagem ser conhecida de muito tempo, mas não há controle algum.Na zona de conforto sente-se um medo constante, a vida se torna morna, sem grandes emoções, diminui-se a perspectiva de vida e tem-se uma insatisfação constante. Elas sonham com uma alegria no sonho de uma vida sem problemas. O “conforto” está longe de ser confortável, tem medo de ir atrás do que deseja e teme perder o que já possui.A felicidade é o território desconhecido por excelência. Não oferece garantia, refresco imediato, além disso demanda mais esforço que o sofrimento. Para sofrer basta ficar parado e passivo e reagindo como sempre, já a felicidade carece de movimentação constante e da capacidade de suportar uma dose grande de incerteza.
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